espelho
flechas que sangraram Oxóssi
em meu peito quebro
espelho do outro lado
da rua mato a fera
Ogum me deu a lança
tua fúria não me alcança
não ando só Yansã
me leva em sua ventania
trovão estampido coice elétrico
tenho o reflexo do fluxo
do sangue que me embala
bala na veia tiro de letra
não tenho trava não tenho treta
branca ou preta eu traço o tempo
ao sabor do vento que vem
ao sabor do vento que vai
onda do mar eu tenho o sal
e quero sol a solidão não pega
de surpresa nunca fui presa
fácil pra tua armadilha
eu tenho a trilha que os teus pés
jamais irão pisar.
Federika Lispector
por enquanto vou te amar assim em segredo como se o sagrado fosse o maior dos pecados originais
domingo, 12 de fevereiro de 2023
espelho
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Balbúrdia PoÉtica 7
um brinde a balbúrdia nesta cidade de palha minha balbúrdia poética não falha corta palavra morta na nervura dessa pedra na carnadura dess...

-
Balbúrdia PoÉtica 5 Dia 5 – Abril – 2025 – 16h música teatro poesia textos/poesias de: Ademir Assunção, Artur Gomes, Clarice Lispector, Ferr...
-
Balbúrdia PoÉtica 6 Artur Gomes e José Facury Dois Perdidos Em Seus Poemas Sujos Poeta Convidados: Jiddu Saldanha e Tanussi Cardoso Dia 17 d...
-
jura secreta para Sueli Costa e Abel Silva ainda arde em mim tudo o que não comi tudo que ainda não provei a carne que ainda não lambi na ...
Nenhum comentário:
Postar um comentário