domingo, 28 de setembro de 2025

Por Onde Andará Macunaíma?

                         VeraCidade

 

A inexistência da poesia em uma cidade não é bacana, é o reflexo do estrago da sensibilidade humana

 

Rúbia Querubim

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A Biografia De Um Poeta Absurdo

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Travessia

 

Quando soltei

os camelos, já não

havia deserto.

 

nenhuma manhã

nascendo.

 

nenhuma lua

por perto.

 

Lau Siqueira

Versos Sertânicos

Criação Editora – 2024

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Nação Goytacá

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espiã confessa

pedra que voa

depois que choveu pedra em São Francisco do Itabapoana no final de 2024, por ficarem sem saber se gelo ou granizo, alguns moradores da localidade do Macuco, resolveram instalar uma comissão popular de inquérito para apurar as causas do acidente.

Sabedores de que o significado da palavra Ita/bapoana é pedra que rola sobre o leito do rio, é bem possível que as “pedras” revoltadas com suas condições de viverem submersas podem ter sofrido gigantes mutações e serem transformadas em pedras que voam, incentivadas pelas bruxarias e alquimias desenvolvidas por alguns personagens do livro “Itabapoana Pedra Pássaro Poema”.

 

diante de tudo

que tenho falado

despido lido escrito

ser porta bandeira

não é uma missão

apenas por ter incorporado

a Mocidade Independente

de Padre Olivácio

     em Ouro Preto

tem mais angu nesse caroço

cabeça nesse prego

não nego

estou metida nessa trama

dos pés aos fios de cabelo

em cada uma das nervuras desse osso

debaixo dos lençóis de cada cama

tem segredos e mistérios

que sendo revelados

deixariam qualquer país em alvoroço

                            *

em vampiro goytacá

canibal tupiniquim

somos serAfim

todas nós somos

vampiras

numa página a gente transa

noutra página a     gente pira

 

Gigi Mocidade

Ex-Rainha da Bateria da Mocidade Independente de Padre Olivácio - a Escola de Samba Oculta no Inconsciente Coletivo

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a história nem conta onde o Conde D dava, porque a história é narrada pelos que se julgam vencedores, mas nem sempre isso é verdadeiro, Darcy Ribeiro por exemplo, gostava de se considerar um perdedor, pois segundo ele mesmo não cansava de afirmar que não se sentiria a vontade estando junto aos vencedores, das batalhas que ele travou durante toda sua vida em defesa do povo brasileiro.

 

Rúbia Querubim

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    Bar do Firo

 

Gargaú

São Francisco de Itabapoana-RJ

 onde você come bebe e só paga a cerveja dona Beja não te engana quer comer peixe de graça só na pedra de Itabapoana


Irina Severina

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Onde está Macunaíma?

 

no poema na metáfora

no palco no livro

na tela do  cinema

no Acre na Amazônia

em Minas Bahia Pernambuco

Pará Sergipe Piauí

 Rio de Janeiro Espírito Santo

Macuaíma está em todo canto

Paraná Santa Catarina

até nas mais remotas

matas virgens  do Xingu

ou nas águas frias

do Rio Grande do Sul

ou nas termas quentes

do Rio Grande do Norte

Macunaíma vento forte

se misturou nas maravilhas

e também nas sutilezas

divina preguiça da beleza

das terras do bem virá

comeu o pão que o diabo amassou

quando se transmutou por São Paulo

no trampo do caos urbano

quase desapareceu do país

mas como um bom feiticeiro

seu pai não se enganou

te fez tornar-se encantado

para que o povo então  entendesse

as profundezas do teu  significado

 

                   Terra,

antes que alguém morra

escrevo prevendo a morte

arriscando a vida

antes que seja tarde

e que a língua da minha boca

não cubra mais tua ferida

 

Artur Gomes

dos livros : Suor & Cio (1985)

e Pátria A( r)mada - 2022

Por Onde Andará Macunaíma ?


 Gigi Mocidade - Eva já subiu a serra de Pacaraima? já viu o sol nascer na terra de makunaima? já beijou a pedra marco zero de Roraima? Piamã disse que não,  mas Irina já experimentou o experimental de Wally Salomão 

Federico Baudelaire - de onde estou em Itabira eu te pergunto Nilson Siqueira por onde andará Macunaíma? Eva Seiberlich não soube me responder se subiu serra do pacaraima ou beijou a pedra de muiraquitã, Cy a rainha mãe mato continua desfilando na Portela – Paulo Victor que esteve por algum tempo incorporando Macunaíma escafedeu-se tomou chá de sumiço com medo de Piamã com o seu descompromisso - preguiça só quem pode ter mesmo é o próprio Macunaíma. Já dizia Mário de Andrade em, seus delírios febris.

Ainda na Estrada frustrado por passar em Iriri e não encontrar a minha amada. Por onde andará Irina? que não é Macunaíma e só de sacanagem ou até sagaranagem, Rúbia me informa o paradeiro errado da minha andorinha azul, ela deve ter ido pro norte mas querubim me diz que foi pro sul, desfilar de porta/bandeira sem ensaio na mocidade independente de padre olivácio, no festival de Blumenau, aceitando o  convite do Pastor de Andrade o aliciador de ovelhas desencantadas. Só me resta conferir com Federika se ela foi mesmo para Blumenau ou foi se instalar em Vila Rica, depois de passar pelas praças de Bento. 

Itabapoana Pedra Pássaro Poema

 

era uma vez um mangue
e por onde andará Macunaíma

(Ainda estou aqui)

na sua carne no seu sangue
na medula no seu osso
será que ainda existe
algum vestígio de Macunaíma
na veia do seu pescoço?

tá no canto da sereia
no rabo da arraia
nos barracos da favela
nos becos do matadouro
na usina sapucaia?

na teoria dos mistérios

dos impérios dos passados

nas covas dos cemitérios

 desse brasil desossado?

macunaíma não me engana

bebeu água do paraíba

 nos porões dos satanazes

 está nos corpos incinerados

 na usina de cambaíba

 em campos dos goytacazes

macunaíma não me engana

está nas carcaças desovadas

na praia de manguinhos em

               são        francisco do itabapoana


Joilson Bessa me disse
Kapiducéu já ensaia
Macunaíma vem vindo
no Auto do Boi Macutraia

 

Artur Gomes

poema do livro

Itabapona Pedra Pássaro Poema

Litteralux – 2025

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quinzenalmente às segundas Por Onde Andará Macunaíma está na coluna que assino no canal ArteCult.com 

A Biografia de Um Poeta Absurdo

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sexta-feira, 5 de setembro de 2025

Por Onde Andará Macunaíma?

Encontro Literário

Jovens Em Movimento

Poesia Literatura

Roda de Conversa 

Intervenções PoÉticas 

#poesia #literatura #intervençõespoéticas #encontroliterario #jovensemmovimento

#rodadeconversa

#BalbúrdiaPoÉtica

*

porta/bandeira 

 

diante de tudo

que tenho falado

despido lido escrito

ser porta bandeira

não é uma missão

apenas por ter incorporado

a Mocidade Independente

de Padre Olivácio

     em Ouro Preto

tem mais angu nesse caroço

cabeça nesse prego

não nego

estou metida nessa trama

dos pés aos fios de cabelo

em cada uma das nervuras desse osso

debaixo dos lençóis de cada cama

tem segredos e mistérios

que sendo revelados

deixariam qualquer país em alvoroço

 

Federika Bezerra

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Balbúrdia PoÉtica

dentro da nova poética
agradar gregos e troianos
fica sem mineiros e baianos
cearenses e pernambucanos
fluminenses e alagoanos
brasileiros e italianos
oswald sempre me dizia
no último dia da sua vida
o que você faria?
paulinho mosca pegou o mote
botou seu cavalo no trote
rumou pra pernambucalha
pro frevo e maracatu
com lagarto e surucucu
mandou os gringos pra casa
com sua língua de brasa
soltou o freio das asas
cantou até tropicalha
dois gumes na carnavalha
com tudo que já ouviu
no caldeirão da fornalha
um novo brasil descobriu

Federico Baudelaire
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ruidurbanos 

 também me lembro aquela tarde em Teresina lá estava eu naquela tarde e Jomard Muniz de Britto me falava que certa vez em Pernambuco um Rei eunuco engravidou certa Rainha do reino de Assombradado.

 Perseguido pela in-justiça o eunuco caiu do telhado direto num mar de lama e desde então fez a fama e nunca mais foi encontrado.


Federico Baudelaire

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corpo em trânsito

 

em São Paulo uma menina

me chamou de SerAfim

por saber que poesia

é tudo que transa em mim

 

e ainda uma outra

me chamou de desvairado

por saber que concretismo

anda sempre do meu lado

 

foi então que em Teresina

me chamaram de Torquato

ao perceberem minha boca

com esse meu vapor barato

 e uma outra feminina

me chamou de Faustino

por re-V(L)ER no meu poema

esse  sotaque feminino

 

no Recôncavo baiano

bem no centro o reconvexo

rasguei todos meus planos

quando fiz primeiro sexo

 

numa feirinha de verdura

uma linda criatura elegante sensual

me pediu pra ler Leminski

quando viu meu visual

no poema de Kandinsky

 

 e encontrei fulinaíma

no universo paralelo

pra revirar o céu de anil

desse país verde amarelo

 revirando a tropicalha

pelo avesso do avesso

foi tamanha a CarNAvalha

que perdi meu endereço

 

fui parar em Ipanema

num 1º de Abril

quando assisti pelo cinema

a pátria mãe que  me pariu

 

fui pro morro da Mangueira

re-inventar Parangolé

por entender que esse brasil

                ainda vai ficar de pé .

 

                                        Federico Baudelaire

                       O homem com a flor na boca

                     www.fulinaimargens.blogspot.com 



Por onde andará Macunaíma? 

o vôo de Heras EvoEros enquanto espero  outras Eras  primasVeras nesse quase verão/inverno  que me tire desse purgatório nó da gravata quase mesmo inferno  nos abismos desse terno recortado por Gamboa mas não sou Pessoa dessa pedra Itabira esse pó quase me pira muritiba muquirana Itabapoana não me engana Macunaína ainda vive nas favelas de Copacabana

 

Federico Baudelaire

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Drummundana Itabirina

https://uilconpereira.blogspot.com/

como escrevo?

a minha relação poesia.teatro.poesia é visceral vital para o que escrevo como quem encena a necessidade do corpo como expressão não planejo nem penso o que ele sente quando jorra palavras no deserto branco do papel. o corpo dada lance de dados jogos e lances na ponta dos dedos o dado rola quando o estômago ronca e as tripas falam

 https://www.facebook.com/fulinaimateatroabsurdo/

cores/nomes é o título de um disco de vinil lançado por Caetano Veloso em 1982 onde ele faz essa queixa: “um amor assim delicado você pega e despreza não devia ter despertado
ajoelha e não reza/dessa coisa que mete medo pela sua grandeza não sou o único culpado disso eu tenho a certeza/princesa, surpresa você me arrasou serpente, nem sente que me envenenou/ senhora, e agora? Me diga onde eu vou senhora, serpente princesa/ um amor assim violento quando torna-se mágoa é o avesso de um sentimento oceano sem água/ ondas, desejos de vingança nessa desnatureza bateu forte sem esperança contra tua dureza/ princesa, surpresa você me arrasou serpente, nem sente que me envenenou/senhora, e agora? me diga onde eu vou senhora, serpente
princesa/um amor assim delicado nenhum homem daria talvez tenha sido pecado apostar na alegria/você pensa que eu tenho tudo e vazio me deixa
mas Deus não quer que eu fique mudo
e eu te grito esta queixa/princesa, surpresa você me arrasou serpente, nem sente que me envenenou/ senhora, e agora? me diga onde eu vou amiga, me diga” – “ele me deu um beijo na boca e me disse...”

estávamos na estrada em direção a Sorocaba, tínhamos pernoitado em Cerquilho, ouvindo Araçá Azul e vendendo Fulinaíma Sax Blues Poesia. Cristiane Grando havia escrito a Geografia da Poesia no mapa da antropofagia e seguia comigo, em direção a rua do meu xará muito prá lá de Macunaíma do deus me livre. 7 mil vezes já fiz essa mesma pergunta e 7 mil respostas já recebi com 7 mil diferentes conotações ou significantes que não se casam não se juntam, perambula, flutuam por 7 mil distintos espaço no universo da das palavras que ainda invento.

nunca pensei criar neologismo, mas como tudo que escrevo vem do imprevisto do improviso o não pensado, nada planejado. Fulinaíma me surgiu quando trafegava pela estrada dos Bandeirantes, na cia de Naiman, (um grande parceiro de música - confira no CD Fulinaíma Sax Blues Poesia - 2002).

Íamos em direção ao SESC Campinas para dirigir uma Oficina de CriaçãoPoética o Ano era 1996. Tinha criado para o SESC-SP dois projetos culturais. Em 1993 - Mostra Visual de Poesia Brasileira - Mário de Andrade 100 Anos - e em 1995 - Retalhos Imortais do SerAfim - Oswald de Andrade Nada Sabia de Mim - portanto em 96 Macunaíma e Antropofagia ainda eram conceitos que me habitavam a parte mais cerebral dos miolos.

De início, era só uma palavra, que foi se desdobrando em Fulinaímicas, Fulinaimânicas, Fulinaimagens, Fulinaimicamente, Fulinaimargem, aí eu fui percebendo as referências, as misturas, e todas me remetiam antes de mais nada a fulia, e a fulia me remeteu a esse ser fulinaímico que é um caldeirão antropofágico com desejo de comer o mundo.

Lendo Mário de Andrade, aprendia sobre a nossa formação étnica. Lendo Oswald, aprendi a lidar com as circunstâncias e criar minhas metáforas de fogo, o meu teatro do absurdo, a desconstrução de uma realidade imposta, para me despir dela, e me vestir com o nu sagrado/linguagem.

 

devemos não ter pressa

a lâmina acesa

sob o esterno do Vênus

onde me perco mais

me encontro menos

 

in – Baby é Cadelinha – livro Juras Secretas – 2018.

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o vôo
de Heras
EvoEros

enquanto espero

outras Eras

primasVeras nesse quase verão/inverno

que me tire desse purgatório

 nó da gravata

 quase mesmo inferno

nos abismos desse terno

recortado por Gamboa

mas não sou Pessoa

dessa pedra Itabira

esse pó quase me pira

muritiba muquirana

Itabapoana não me engana

Macunaína ainda vive

nas favelas de Copacabana

  

Federico Baudelaire

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Drummundana Itabirina

https://uilconpereira.blogspot.com/



essa dica não é minha

dia 11 de outubro

a Nação Goytacá

vai Balburdiar

na CasAmarÉlinha

 

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              jogo de dadaísta

não sou iluminista/nem pretender

eu quero o cravo e a rosa

cumer o verso e a prosa

devorar a lírica a métrica

a carne da musa

seja branca/negra

amar/ela vermelha verde

ou cafusa

eu sou do mato curupira carrapato

eu sou da febre sou dos ossos

sou da lira do delírio

e virgílio é o meu sócio

pernambuco amaralina

vida leve ou sempre/vida severina

sendo mulher ou só menina

que sendo santa prostituta

ou cafetina

devorar é minha sina

profanar é o meu negócio

 

Artur Gomes

Juras Secretas

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https://secretasjuras.blogspot.com/

clique no link para v(l)er o vídeo filmado em Gargaú por Letícia Rcha com trilha sonora de Fil Buc

https://www.youtube.com/watch?v=szABRGqMqH8&t=10s

No próximo vinte e dois deste setembro dois mil e vinte e cinco finco os olhos na tela do ArteCult.com para v(l)er por onde andará Macunaíma?, coluna assinada pelo “bardo da cacomanga”. E por onde andará Macunaíma? Pelo polo sul ou norte? Ainda andará nos traços a lápis de José César Castro, o fógrafo/desenhista que não é casto?  Talvez com um pouco de sorte nos encontremos com ele naquela preguiça boa, escre/vivendo/falando poesia pelo litoral de São Francisco onde Itabapoana agora é pedra que voa.

E atenção jovens de Campos dos Goytacazes e região, no dia 27 deste na Casa de Cultura Villa Maria, você tem um encontro marcado com o Encontro Literário – Jovens Em Movimento – estejam atentos estejam alertas - mexam-se leiam pois só o conhecimento liberta  

Artur Gomes (Campos dos Goytacazes-RJ, 1948) é poeta, ator, produtor cultural e vídeo maker, com mais de cinco décadas de intensa atuação nas artes. Criador de projetos que marcaram a cena literária e audiovisual brasileira, como o FestCampos de Poesia Falada e a Mostra Visual de Poesia Brasileira, Artur construiu uma trajetória que une poesia, performance e experimentação multimídia.

Em 2019, lançou o Sarau Balbúrdia PoÉtica, que se tornou um espaço vibrante de celebração da poesia falada e da performance, circulando por cidades como Rio de Janeiro, São Paulo, Cabo Frio e Campos dos Goytacazes. O projeto já realizou onze edições, incluindo participações em eventos de grande destaque, como a Bienal do Livro de Campos, e contou com apoio de instituições culturais e do portal ArteCult.com

Autor de mais de 15 livros publicados, entre eles Juras Secretas (2018), Pátria A(r)mada (2019, Prêmio Oswald de Andrade/UBE-Rio) e O Homem Com a Flor na Boca (2023), e Itabapoana Pedra Pássaro Poema (2025). Artur segue produzindo intensamente e difundindo a literatura contemporânea. Mantém o blog Nação Goytacá, https://arturgumes.blogspot.com/ 

onde reúne a série TransPoÉticas – Coletânea de Poetas Vivos, reafirmando seu papel como articulador cultural e voz ativa da poesia brasileira.


Fulinaíma MultiProjetos

22 99815-1268 – zap

@fulinaima @artur.gumes – instagram

fulinaima@gmail.com

arturgomes@artecult.com

Por Onde Andará Macunaíma?

                         VeraCidade   A inexistência da poesia em uma cidade não é bacana, é o reflexo do estrago da sensibilidade humana   ...