terça-feira, 2 de setembro de 2025

Geleia Geral - Faíscas da Surpres

o pulso 

ainda pulsa

em 2018 assiti em Brasília o Festival Transe PoÉticas, no Museu da República, evento criado pelo poeta e ator Adeilton Lima e  no mesmo palco vi Arnaldo Antunes, Mano Melo e Artur Gomes. Inesquecível!

*

claro enigma

ela disse-me também te amo depois de um beijo na face em sinal de mais uma despedida, estávamos na esquina da conselheiro josé fernandes com tenente coronel cardoso naquela manhã de sábado de novembro  dois mil e dezenove

quando eu for beijar teus olhos nesse mar de escuridão vou pedir a todos os santos a luz de um novo dia e que seja luz do fogo de lamparina ou lampião para aquecer tua pele em minhas mãos 

Para Pagu (in memória) vontade de voltar a correr por pradarias num cavalo selvagem sem celas rédeas arreios ou cancela indo ao encontro dos vagabundos livre leve solta nua como vim ao mundo - Rúbia Querubim -  (a grande musa fulinaímica)

https://www.facebook.com/rubiaquerubim - 

a travessia você faz como quiser ou como pode no lombo do cavalo ou na garupa do bode - a mulher do tempo linda felina de fellini que o meu olho felino descobriu extasiado me pergunto : quem foi o grande zeus que inventou ou foi a mãe de eros que pariu ?

Aos cinco anos de idade minha mãe não me assumiu e me entregou pro padre que morava com uma freira cresci então na Mocidade e me tornei Porta Bandeira - o desconcerto na frase está no corte no verso formigas carregando folhas nas costas o formigueiro instaura uma colmeia de dados que o tempo ainda não decifrou  - pássaros elétricos vivem a vida por um fio

 Federika Bezerra https://www.facebook.com/onomedamusa

Aqui em casa lavo pinto bordo o corpo a alma os pelos cada um que pinte seus delírios cada um que desenrole seus novelos

 EuGênio Mallarmè

o antropofágico fulinaímico 

https://www.facebook.com/EuGenioGumes

BordeLíricas

 Dionísio bêbado de noites

pelos Cassinos de Bento

transa nos pergaminhos

depois de um tapa no branco

com uma puta dama nos becos

e algumas garrafas de vinho 

quanto mais me re-par-to

muito mais me mul-ti-pli-co

 pastor de andrade fedeika lispector gigi mocidade federico baudelaire rúbia querubim federika bezerra  lady gumes eugênio mallarè 

parabolicamará minha antena parabólica fio terra para minhas intervenções intragaláticas nas multi-transversais das relações humanas para o planeta que virá 

Artur Gomes

o criador das mutltitransações fulinaímicas

www.fulinaimagens.blogsot.com

suspenso no Ar não penso atravesso o portão da tua casa o corpo em fogo a carne em brasa tudo arde nas cinzas das horas no silêncio da tarde vou entrando sem alarde sem comício como o pássaro que acaba de cantar em pleno hospício (Pastor de Andrade) o patrono antropofágico

 guaxindiba - aqui passávamos carnaval na juventude e éramos recebidos com grande amor onde acampávamos no quintal do pescador - 5 da madruga íamos colher rede do pescado e passávamos a semana comendo  peixe assado no buraco de areia com cachaça cerveja e mariola  em guaxindiba conheci a minha primeira sereia angélica flor do bosque e foram anos de luas e serestas ruas e florestas estrelas incendiárias


Artur Gomes Fulinaíma

fulinaimicamente

www.fulinaimicamente.blogspot.com

gargaú aqui signos não casam com significados cada um segue sua trilha cada um segue seu atalho eita povo pacato pra caralho assombro sobre em minha telha e com a língua/navalha carNAvalho

*

fiz um trato com o sarcasmo

o bom humor a ironia

única forma que encontrei

               para fazer a travessia 


Federico Baudelaire

diariamente no blog 

Coletivo Macunaíma De Cultura 

https://suorecio.blogspot.com/

segunda-feira, 1 de setembro de 2025

As Flores do Mal

poesia

objeto estranho

feito de chumbo

 antimônio estanho

 

poesia é meta física

meta quântica

itaipu é o paraíso

que restou da mata atlântica

ela me chega assim bailarina

como uma tarde de música

envolta em física quântica

etérea qual labirinto

para dizer o que sinto

e desvendar teu endereço

procuro em teu livro secreto

palavras que não conheço


no espelho da raridade

cheirei as flores do mal

pensando ser bem-me-quer

um dia sou paulo leminski

no outro : sou charles Baudelaire


Metáforas inB

 pelos 200 anos de Charles Baudelaire


 bebo teus olhos d´água

como quem beija a boca de Bacco

nos vilarejos de Trento

em algum Museu do Imigrante

n´alguma Itália de Vêneto

ou algum altar de convento

 

beijo a tua língua de vinho

com a mesma  língua de Vênus

sem nenhum esquecimento

Dionísio bêbado pelos Cassinos

transando nos pergaminhos

por Bares e  Becos de Bento

poema

concreto

grosso

duro

ereto

 

a mulher dos sonhos

 é de carne e osso

tem sangue medula cabelo

ágora agora me aliviando

as tensões e pesadelos

 

embora onipresente oculta

nada sabe tudo de mim

teus olhos dois búzios safira

pétalas na carne de sal que me atira

ao mar das metáforas serafim

 

absurdo não saber que absinto

absurdo não saber o que absente

absurdo sentir como eu te sinto

magnética essa elétrica corrente

quando bebo tuas águas além mar

e as mágoas pro infinito vou levando

em teu corpo sempre hei de me lavar

 

ando

tão tenso

nesse tempo

estático

 

Federico Badelaire

Coisa de índio

Afrodite-se-Quiser

para Marisa Vieira e Mano Melo

 

estava caminhando pelo Rio

exatamente na Visconde de Pira-já

em Ipanema

batidas no coração

quando avistei Helena

que não era do Rio

deve ter sido assombração

em alguma lavra de  poema

 

Artur Fulinaíma

in -  Igreja Universal do Reino de Zeus

https://www.facebook.com/zeusmelivre

sou o mestre sala

não me roube a fala

nem a anarquia

que não sou político

carregador de mala

 

e que zeus me livre

dessa corja insana

que arrombou brasil

quero que se foda

a putaria toda

e o genocida

desça a rampa que subiu

 

Federico DuBoi

não vou

guardar os sábados

em nome de jesus

 

e me deixar

crucificada numa cruz

que só causa dor

 

aos sábados

eu pratico a arte

de fazer amor

*

uma cidade sem poesia não é nada

 Zeus meu deus arcaico marllarmélico mallarmaico me ensinou a entender no aramaico  meus desejos brazilíricos e  transformar as tragédias do bordel em manifestos bordelíricos 

Federika Lispector

SerTão Poético

Aqui neste grande serTão poético, me lembrando de um poema que escrevi lá pelos anos de 2013 e 2014, publicado ela primeira vez no livro SagaraNAgens Fulinaímicas em 2015, numa caprichada edição artesanal de WinstonChuchil Rangel e um belíssimo prefácio de Tanussi Cardoso. 

 Foram apenas 20 exemplares, portanto uma relíquia para colecionadores. Em 2018 foi publicado no livro Juras Secretas e posteriormente no blog e página no face que tinham o mesmo título Juras Secretas. Pois bem depois que a “mulinha sem cabeça” invadiu meu zap tanto o blog quanto a página desapareceram num passo de mágica, assim como muitas postagens no face, o que só me deixa uma conclusão:

é muito perigoso tentar alertar as pessoas sobre o tamanho da hipocrisia que rola por aqui nesse grande sertão dos abandonos.

                                                                      carne proibida 2

 

abusas no meu e-mail

no centro de gravidade

desse meu corpo elétrico 

não me dissestes porque veio

acender a lâmpada

na metafísica dos poros

devoro teu corpo atlântico

com meu canino esquerdo 

minha fome é quântica

como um barril de pólvora

com o pavio aceso


II

salsa alecrim alfavaca cebolinha

azeite limão hortelã vinagre

azeite com pimenta


quem resiste esse peixe temperado

que a poesia em mim inventra


vem lambe minha língua

que esse me(u)l sal te alimenta


III


duas bandas vermelhas de maçã macia

abriram-se em frente a minha íris retina

de tão belas nem sei se chupo como

ou apenas toco os pelos dessa menina


Mitológica

 

Daqui desta cachoeira

no morro da barbárie

no país dos abandonos

sobre a minha ancestralidade voz digo

:

África sou raíz e raça

orgia pagã na pele do poema

couro em chagas que me sangra

alma satã na carne de Ipanema

 

na ponta da pedra

a faca risca o ponto para Ogum

tem um animal de vagina espacial na poesia

 

lá do alto na fresta do sol pela janela

Tranca Rua e 7 Pedreira

me resguardam quando avistam

o assassino pronto para o tiro

a bala rasga rente os pelos

a pele sangra a alma voa

desfere uma canhota de esquerda

no centrão da testa do atirador

 

o anjo caído despenca

do precipício que ele mesmo inventou

 

Metáforas de Fogo

atravesso as letras entre sílabas semióticas  Metáforas de Fogo atiçadas aos pés da porta antes do beijo que ficou para o depois


Artur Gomes 

poesia

 

tenho os meus princípios

desde o início

risco vertigem nos hospícios

salto no abismo

bacanal no precipício

sem flores sem falas sem facas

sem filtros sem cortes

poesia – esse país das mortes

 

eu sou prural

 

não me sigam eu não sou um

eu sou trezentos eu sou plural

estou nos meios nos terreiros nos centros

eu sou o Zeus da Universal

 

banquete antropopófago

 

acendo o abajur do quarto

na cozinha

para o rito de entrada

preparo os pratos os talheres

horas antes da chegada

fatio o pão salaminho

chirichela italiana florbela

só chega na hora marcada

 

na mesa queijos e vinhos

na cama lençóis de linho

o rito do amor primeiro

a carne uva de dédalas

defloro a flor pele pétalas

a fome furacão formigueiro

 

Artur Gomes Fulinaíma

www.fulinaimagens.blogspot.com 


Balbúrdia PoÉtica


Balbúrdia PoÉtica

Geleia Geral – relâmpagos

faíscas da surpresa

 

viver é delicado

argumento de samba

sentimento de fado

 

           Lau Siqueira

faíscas da surpresa é um termo encontrado pelo professor e crítico Fábio Lucas, para definir os poemas publicados no projeto: Vista-se de Poesia, criado por Artur Gomes no verão de 1985 – e hoje deve ter mais Balbúrdia PoÉtica, mas como já estou na estrada novamente em direção a Iriri vou perder essa.

Dia 7 de setembro tem Feira Cultural no Morrinho, o reduto da Mocidade Louca, a minha Escola de Samba da Juventude em Campos dos Goytacazes – porque atualmente a minha atual  é a Mocidade Independente de Padre Olivácio – A Escola de Samba Oculta no Inconsciente Coletivo – A Sylvia Paes já me avisou que vai estar presente -

Luis Turiba dá o toque: Todo Dia É Dia D Poesia Todo Dia enquanto a Bric a Brac não vem me leiam no ArteCult.com pra sacudir a calmaria com Jorge Ventura também, que   o trem das 7 já vem vindo com Raul Seixas resumindo os seus 10 mil anos atrás.

Meg a que não Lee mas muitas vezes vi querendo lê-la em tantas páginas em branco que não escrevi por noites claras que vivi sem ao menos  vê-la e tanto que desejava tê-la e não tive Stive Wonder  me disse que em ninhos de juriti as  altas ondas disseram que esse mar tem mistérios com  asas de bem-te-vi e voa prá lá e prá qui.


É urgente e preciso estar atento e forte, ontem na estrada para o norte no sul do Espírito Santo, encontramos  um carro forte com seis espíritos de porcos tentando prender um poema, no para-choque do carro ligado no Jimmi Hendrix.

era uma vez um mangue

e por onde andará

                     Macunaíma?


Terminaram ontem as inscrições para a 5ª Edição do Festival Cine Urutu. FESTIVAL CINE URUTU é o primeiro festival de cinema de Pindamonhangaba, interior de São Paulo.

Em 2025, será realizada a 5ª edição do evento, organizado pela produtora Casa Cinematográfica e IACAM - Instituto Artístico e Cultural Arte Mais.

São aceitos curtas-metragens de até 20 minutos em língua portuguesa ou legendados.

Tem uma velha geladeira no Carioca Bar que pode estar cheia de livros para qualquer um se deleitar no universo das letras palavras soltas ao vento reunião de elementos que fazem o povo pensar, e pensar é mais que preciso e nesse momento é urgente pra que gente que vira bicho voltar de novo a ser gente


desejo-te pelo menos

enquanto resta

partícula mínima

micro solar floresta

sendo animal da mata atlântica

quântico amor ou meta física

tudo que em mim não há respostas 


Federico Baudelaire

diariamente no blog 

coletivo macunaíma de cultura

https://suorecio.blogspot.com/

Geleia Geral - Faíscas da Surpres

o pulso  ainda pulsa em 2018 assiti em Brasília o Festival Transe PoÉticas, no Museu da República, evento criado pelo poeta e ator Adeilton ...