carne viva da loucura
escrevo
pra não morrer
antes da morte
me disse
gigi mocidade
no homem
com a flor na boca
transitivo
ou intransitivo
vivo
na mais sagrada
ilógica
do inconsciente
coletivo
na semeadura
dos ossos
enquanto posso
palavrar
o que procuro
enquanto ócio
vou lavrando
o criativo
na carne viva
da loucura
Artur Fulinaíma
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escrevo
como quem
pesca uma piaba
no rio ururai
vou por aí
de itabirina
a iriri
se não cansar
cato conchinhas
de anchieta
a guarapari
Federico
Baudelaire
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o diabo
é que ela não larga do meu pé
já fiz despacho
descarrego
subi as escadas da Penha
promessa pro nosso Senhor do Bonfim
mas ela não desgruda de mim
essa coisinha linda de sal
minha Rúbia Querubim
só quem sabe
do riscado
entende do seu ofício
procura palavra
nua
toda viva
toda crua
o resto que se foda
quero toda
palavra toda
toda bruta
toda puta
na artimanha
do concreto
no abstrato do ereto
quando
meu pau
te penetrar
Federico
Baudelaire
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